Historia del Registro Civil en Italia: cuándo surgió en cada región

Al buscar la historia de los antepasados italianos, es común que surja la duda sobre dónde realizar las investigaciones genealógicas. Una de las preguntas más frecuentes es: ¿cuándo surgió el registro civil en Italia?

La respuesta a esta cuestión es más compleja de lo que parece, ya que está relacionada con acontecimientos históricos y con diferentes influencias regionales.

Inicio religioso: los primeros registros parroquiales

Os registros de batismos, casamentos e óbitos na Itália começaram a ser documentados por algumas igrejas a partir do século XV. Em Florença, por exemplo, o primeiro batismo remonta a 1450, enquanto em Pisa o início foi em 1457.

Entretanto, o marco essencial para os registros paroquiais foi o Concílio de Trento, realizado em 1563. A reforma impôs a obrigatoriedade do registro de tais eventos religiosos, embora a implementação dessa obrigatoriedade tenha variado conforme a região.

Os registros iniciais eram restritos em detalhes, como ilustrado pelo seguinte exemplo de batismo:

Esse batismo ocorreu em 12 de junho de 1569, em Popoli, Pescara. A criança chama-se Donato, filho de Francesco di Mascio.

A Revolução Francesa e a criação do registro civil na Itália

Os registros religiosos foram a principal forma de documentação oficial de eventos vitais durante séculos e continuam a existir até hoje. Contudo, com a Revolução Francesa em 1789, o secularismo ganhou força, principalmente nas regiões italianas sob domínio francês. Esse contexto gerou uma contradição: as igrejas, até então responsáveis pelos registros, já não podiam mais manter esse papel exclusivo. Assim, a introdução do registro civil tornou-se inevitável.

A implementação do registro civil na Itália ocorreu de maneira gradual, com o início em 1796 em algumas partes da Ligúria, e posteriormente em 1809, no sul do país. No entanto, regiões como Sicília, Sardenha, Trentino-Alto Ádige e Venezia Giulia permaneceram fora do domínio napoleônico e não implementaram o registro civil nesse período.

Um exemplo interessante é o caso de Cremona, que, após integrar a República Cisalpina, já possuía o registro civil em 1797.

O primeiro registro de Cremona ocorreu em 25 Nevoso (quarto mês do calendário revolucionário, equivalente a 21 de dezembro a 19 de janeiro) de 1797. Giuditta, registrada por Francesco Meazza, do Ospitale Civico, nasceu na enfermaria em 23 Nevoso, às 10 da manhã. Na mesma página, outros três registros de crianças expostas também foram feitos por Meazza.

Impacto após a queda de Napoleão

Com a queda de Napoleão em 1815, na Batalha de Waterloo, os registros civis foram descontinuados em diversas regiões italianas. A reorganização política da Europa trouxe à tona a necessidade de decidir o futuro desses registros.

Algumas regiões como Calábria, Basilicata, Puglia, Campania, Molise e Abruzzo mantiveram o registro civil desde 1809, enquanto outras, como a Toscana, Lombardia, Marche e Emília-Romagna, enfrentaram interrupções na continuidade dos registros civis.

Casos específicos

As situações nas regiões da Toscana, Lombardia, Marche e Emília-Romagna foram mais complexas. Algumas dessas áreas mantiveram os registros civis de forma contínua, enquanto outras experimentaram interrupções. Em certos ducados, como Lucca e Massa-Carrara, os registros civis foram descontinuados.

Véneto

Na região do Vêneto, composta pelas províncias de Belluno, Padova, Rovigo, Treviso, Venezia e Verona, o registro civil sofreu interrupções em 1815, mas foi retomado em setembro de 1871. Contudo, três comuni da província de Belluno – Cortina d’Ampezzo, Colle Santa Lucia e Livinallongo del Col di Lana – permaneceram fora desse processo, pertencendo ao Império Austro-Húngaro.

Sicília e a Sardenha: introdução do registro civil

A Sicília e a Sardenha não estiveram sob o domínio napoleônico, o que resultou na não implementação do registro civil nessas regiões durante esse período. Ele foi introduzido na Sicília em 1820 e na Sardenha em 1866, sem interrupções posteriores

Norte de Italia

En las regiones de Piamonte, Valle d'Aosta y Liguria, el registro civil fue introducido por Napoleón, con fechas que variaban. Después de la caída de Napoleón, cada región o provincia siguió su propio camino con respecto al registro civil.

Antiguo Imperio Austrohúngaro

Na região de Friuli Venezia Giulia, que inclui as províncias de Gorizia, Trieste, Udine e Pordenone, encontramos uma realidade distinta que exige uma análise cuidadosa. Uma parte dessa região não foi influenciada por Napoleão, o que resultou na não implementação do registro civil entre os anos de 1804 e 1811. Essa área, conhecida como o “Litoral Austríaco,” abrange as províncias de Gorizia e Trieste, além de diversos municípios da província de Udine, como Aiello del Friuli, Aquileia, Campolongo al Torre, Cervignano del Friuli, Chiopris-Viscone, Fiumicello, Malborghetto Valbruna, Pontebba, Ruda, San Vito al Torre, Tapogliano, Tarvisio, Terzo di Aquileia, Villa Vicentina e Visco.

Somente em 1924, após a Primeira Guerra Mundial e a subsequente anexação à Itália, o registro civil foi implementado nessa parte do território. Nas demais regiões da província de Udine e em toda a província de Pordenone, o cenário é semelhante ao do Vêneto: o registro civil foi iniciado durante o período napoleônico, suspenso em 1815 e reiniciado em 1871.

Quanto à região de Trentino-Alto Ádige e aos três municípios da província de Belluno, a situação é análoga à do Litoral Austríaco. Essas áreas nunca estiveram sob o domínio de Napoleão, o que resultou na ausência do registro civil. Elas permaneceram sob controle austríaco até 1920, quando passaram a fazer parte da Itália, e, a partir desse momento, o registro civil foi implementado.

Essa jornada histórica do registro civil na Itália ilustra as diversas influências políticas, sociais e culturais que moldaram o país ao longo dos séculos. Hoje, os registros civis desempenham um papel fundamental na genealogia e na pesquisa de história familiar na Itália, permitindo que as pessoas reconectem suas raízes e compreendam melhor a história de suas famílias. É uma trajetória de descobertas que revela o rico panorama da história italiana e das muitas culturas que a influenciaram ao longo do tempo.

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